16 de outubro de 2013

CRÍTICA | Universidade Monstros (Monsters University)


A Pixar, embora seja uma companhia relativamente nova e uma subsidiária da Disney, é uma empresa surpreendentemente legendária e que só tem sucessos de bilheteria e crítica no currículo. Você os conhece desde criança, nem que seja por “aquela luminária antes do filme da Boo”. Depois de muita enrolação, o filme da Boo ganhou uma sequência, mas sem a Boo.

A sequência se foca em Mike Wazowski (Billy Crystal) enquanto ele ingressa no Programa do Assustador da Universidade Monstros. Lá, ele conhece James “Sulley” Sullivan (John Goodman) que se transforma no seu pior inimigo após um mal-entendido na aula que causou a expulsão de ambos. Porém Mike e Sulley devem se unir para ganhar os Jogos do Medo e voltar para o Programa.

Do começo ao fim, é estruturado, escrito e desenvolvido para ser um filme típico da Pixar –situação de vitória improvável, personagens perdedores que no final se tornam heróis. É tudo tão previsível, fofo, tudo é tão Disney. Mas isso não faz bem a estrutura do filme, só o deixa mais desesperado pelo sucesso, e de uma forma ridícula.

Em oposição ao roteiro regular, o elenco faz bem com o que tem. Helen Mirren, no papel da Reitora Hardscrabble é a voz mais irreconhecível e convincente do longa seguida por Crystal e Goodman.
E como uma boa animação atual, se foca em alguns temas sociais e morais e os disfarça. É claro que eles não estão boiando na superfície e são plantados para deixar a animação mais madura para os adultos.

Mas alguns defeitos não ficam no caminho de um filme divertido e empolgante tão adequado para as crianças quanto para o adultos. Não há deterioração do original, ao contrário, só há complementação que o deixa mais íntimo e emocionante.


Ainda é um filme da Pixar, com uma animação perfeita, uma iluminação impecável e um desenvolvimento de personagem longe de imperfeição. Que John Lasseter e sua trupe nunca perca a mão e que muitos filmes assim venham.

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