A Pixar, embora seja uma companhia relativamente nova e uma
subsidiária da Disney, é uma empresa surpreendentemente legendária e que só tem
sucessos de bilheteria e crítica no currículo. Você os conhece desde criança,
nem que seja por “aquela luminária antes do filme da Boo”. Depois de muita
enrolação, o filme da Boo ganhou uma sequência, mas sem a Boo.
A sequência se foca em Mike Wazowski (Billy Crystal)
enquanto ele ingressa no Programa do Assustador da Universidade Monstros. Lá,
ele conhece James “Sulley” Sullivan (John Goodman) que se transforma no seu
pior inimigo após um mal-entendido na aula que causou a expulsão de ambos.
Porém Mike e Sulley devem se unir para ganhar os Jogos do Medo e voltar para o
Programa.
Do começo ao fim, é estruturado, escrito e desenvolvido para
ser um filme típico da Pixar –situação de vitória improvável, personagens
perdedores que no final se tornam heróis. É tudo tão previsível, fofo, tudo é
tão Disney. Mas isso não faz bem a estrutura do filme, só o deixa mais
desesperado pelo sucesso, e de uma forma ridícula.
Em oposição ao roteiro regular, o elenco faz bem com o que
tem. Helen Mirren, no papel da Reitora Hardscrabble é a voz mais irreconhecível
e convincente do longa seguida por Crystal e Goodman.
E como uma boa animação atual, se foca em alguns temas
sociais e morais e os disfarça. É claro que eles não estão boiando na
superfície e são plantados para deixar a animação mais madura para os adultos.
Mas alguns defeitos não ficam no caminho de um filme
divertido e empolgante tão adequado para as crianças quanto para o adultos. Não
há deterioração do original, ao contrário, só há complementação que o deixa
mais íntimo e emocionante.
Ainda é um filme da Pixar, com uma animação perfeita, uma
iluminação impecável e um desenvolvimento de personagem longe de imperfeição.
Que John Lasseter e sua trupe nunca perca a mão e que muitos filmes assim
venham.
Nenhum comentário:
Postar um comentário