18 de janeiro de 2015

[CRÍTICA: Para Sempre Alice] Uma colher de como é o descobrimento do mal de Alzheimer



Durante minha Maratona Oscar 2015, tenho buscado assistir o máximo possível dos filmes indicados à premiação. Alguns estou tendo de me forçar a assistir, meia hora a cada dia, para que eu possa realmente opinar na premiação (embora minha opinião, obviamente, não é ouvida), mas Para Sempre Alice, baseado em um livro de mesmo nome, me chamou muita atenção, pelo trailer e pela premissa, e seguindo meu extinto cinematográfico, assisti!

A tecnologia é usada como uma ferramenta de ajuda por Alice
A história gira em torno da grande professora universitária de linguística, Alice Howland, interpretada pela diva ruiva Julianne Moore. A mulher é um gênio, inteligentíssima e tal, mas o descobrimento de um tipo raro de Alzheimer faz com que tudo mude. Sua vida, seus hábitos e tudo mais. Enfim, tudo vira de cabeça para baixo!

Relembrando agora de umas cenas do filme, percebo o quanto um ator, ou atriz no caso, precisa ser bom para interpretar alguém com uma doença. Julianne é incrível no papel. Versátil, ela foi capaz de mudar de uma professora renomada para alguém que perdeu grande parte de suas memórias.

É desesperador se imaginar no lugar de Alice, e essa situação, de inversão de papéis, poderia ter sido melhor aproveitada no filme, assim como a relação da família com o descobrimento da doença, que durou em média uns três minutos. A história em si, a ideia, é fantástica, mas não sei se só no filme, foi mal aproveitada.
Mãe e filha. Uma relação que poderia ter sido muito melhor aproveitada.

Senti falta daqueles momentos de filmes de drama em que nos arrepiamos, comovemos ou até choramos. Para Sempre Alice teve pouquíssimos momentos desses. Um desperdício, pois Julianne seria capaz de muito mais do que fez.

Quanto as outras atuações, foram medianas. Kristen Stewart, uma das filhas de Alice com o personagem de Alec Baldwin, é um poço de marasmo, não sendo possível distinguir felicidade com tristeza. E o próprio Alec foi mal usado, com um papel totalmente coadjuvante, deixado de lado na história, mostrando pouco sobre o que sentia e pensava em meio a tudo que acontecia.

Para Sempre Alice é um filme que flui bem, fazendo o tempo passar sem que percebamos e dando uma colher de como é o descobrimento do mal de Alzheimer e como a vida de quem possuí esta condição muda drasticamente, de um hora para outra, independentemente de tudo.










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