23 de janeiro de 2015

[CRÍTICA: Foxcatcher] Uma sensação de dúvida e decepção.



Intitulado de Foxcatcher - Uma História Que Chocou o Mundo, traz a trama sobre o campeão olímpico de luta greco-romana, Mark Schultz, Channing Tatum, que sempre treinou com seu irmão mais velho, David, Mark Ruffalo, que é também uma lenda no esporte. Até que, um dia, recebe um convite para visitar o milionário John du Pont, Steve Carell, em sua mansão. Apaixonado pelo esporte, du Pont oferece a Mark que entre em sua própria equipe, a Foxcatcher, onde teria todas as condições necessárias para se aprimorar. Atraído pelo salário e as condições de vida oferecidas, Mark aceita a proposta e, assim, se muda para uma casa na propriedade do milionário. Aos poucos eles se tornam amigos, mas a difícil personalidade de du Pont faz com que Mark acabe seguindo uma trilha perigosa para um atleta.
Lendo a sinopse rapidamente, nossa expectativa é levada às alturas. Esperamos assistir a um filme ágil, com drama e surpresas. Uma decepção total. O ritmo do filme é lento, quase parando. E ao invés de sermos apresentados a uma história intrigante e que nos choque (como o subtítulo brasileiro sugere), ficamos duas horas esperando algo acontecer, apenas assistindo lutas e mais lutas, algo massante e cansativo. Tanto é que eu tive de dividir o filme para dois dias, pois não consegui assisti-lo por completo em uma noite.
A caracterização de Steve Carell, como o milionário, é a única coisa que salva o filme. Quase irreconhecível, notei que algo ficou faltando na história, um plano de fundo, uma explicação para o comportamento estranho e indecifrável nas telonas de John du Pont. Mark Rufallo aparece bem diferente, embora pouco semelhante ao verdadeiro Dave Schultz. Já Channing Tatum, cujo personagem aparece em algumas cenas com a mandíbula projetada e em outras, normal, deixa a desejar, tanto em atuação, quanto em profundidade.


E isso é algo presente em todo filme. Uma sensação de dúvida. Por que ele faz isso? Por que ele foi? O que ele faz? Por que não fez isso? - um reflexo de uma falta de desenvolvimento do passado dos personagens. Em minha opinião, o roteiro se focou apenas no fato, e não nos motivos.

Decepção para a maioria dos que assistiram, que aguardavam o tão divulgado fato que chocou o mundo, que persistentemente aguentaram horas de lutas desnecessárias, para um acontecimento que dura 5 minutos e apenas assusta, não choca. 


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