Antes de tudo, devo dizer que sou totalmente contra a censura. Sou totalmente contra o ataque hacker a Sony, decorrente do filme A Entrevista, cuja trama, é em volta de dois norte-americanos que recebem a missão de matar o ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Nenhum tipo de arte, seja filme, livro ou música deve ser censurado, mesmo que seja muito ruim.
Bem, não posso dizer que quando assisti o filme, tinha uma grande expectativa. Na verdade, eu não possuía vontade nenhuma de assisti-lo até o ataque hacker, que querendo ou não, deu uma visibilidade enorme ao longa, que já estreou nos EUA.
O longa é satírico, algo que eu admiro, em uma indústria que vem cada vez podando mais assuntos polêmicos e criando melindres, sempre tentando ser politicamente corretos. Mas o humor é estilo besteirol. Tentam arrancar risos com palavrões e muito conteúdo e referências sexuais.
As atuações são rasas e alguns momentos, forçadas, como esperado, após uma trama sem sentido. Realmente, um desperdício de quarenta e quatro milhões de dólares investidos no filme e também do talento de James Franco. Uma fortuna despejada pelo ralo por causa de um roteiro ruim.
A proposta do filme eu espero que seja realmente esta, o humor pastelão, besteirento e nonsense, mas o longa, diferente de outros do tipo, não consegue prender quem assiste. Não desprezo tais tipos de comédia, até gosto de assistir para descontrair, mas A Entrevista, é um daqueles filmes que não conseguem entreter, mas sim, entediar.
Possui uma perspectiva diferente de ambos lados da moeda, o lado em que os EUA é percebido como um país que mete o bedelho onde não é chamado, e um em que o ditador Kim Jong-un, que faz o que faz por conta de uma promessa ao pai e está sempre preocupado com a imagem que passa aos outros. Um ponto que me fez gostar, nem que seja um pouco, do filme.
Uma grande ideia que poderia ter sido melhor desenvolvida,o que tornou o longa cansativo, embora não tão ruim e cruel a ponto de quase ser cancelado decorrente de ameaças de hackers norte-coreanos, que compararam uma possível ação futura ao 11 de Setembro. Um exagero por causa de um filme besteirol ruim, que se melhor trabalhado, poderia muito bem, passar uma mensagem melhor.

Nenhum comentário:
Postar um comentário