30 de setembro de 2013

Crítica | The Blacklist, S01E01

The Blacklist, assim como muitos dramas atuais (The Sopranos, Breaking Bad, Mad Men, Dexter) segue uma ótima receita que, por enquanto, parece não cansar e ser eterna. Afinal, tem um anti-herói principal com características estranhas, uma mocinha com pecados não muito mais simples que o de seu oponente de cenas. O problema/beleza é que Blacklist tem James Spader, ator tão versátil como Amoeba.

The Blacklist conta a história de Raymond “Red” Reddington (Spader), um dos criminosos mais procurados pelo FBI, que é o Concierge do Crime. Num belo dia, Red decide se entregar para as autoridades e deliberadamente, começa a revelar o plano de seus amigos do crimee só tem uma condição: falará somente com Elizabeth Keen (Megan Boone). A partir daí as perguntas começam a surgir: “porque ela?”, “o que aconteceu para ela ser escolhida?”, etc. Perguntas as quais não são respondidas pelo piloto, que põe Keen dependendo de Reddington para salvar a filha de um general, sequestrada por Vanko Zamani, que entrou no país com a ajuda de Raymond.
Spader é carismático o suficiente para Reddington ser carismático enquanto misterioso e enigmático para se opor a Boone em cena e mostrar o ponto do programa: o bom e o mal sendo forçados a colaborar e formar uma equipe controversa cheia de mistérios, muitos dos quais nunca podem ser revelados.

A série também não falha em apresentar os seus personagens com Elizabeth sendo forçada a fazer um perfil de si mesma e Raymond sendo descrito por um dos agentes de forma útil e rápida.

Joe Carnahan, o diretor do piloto, faz um bom trabalho maleando as tensões nos segmentos de ação ou as apresentações. A realização de Carnahan não foge as cenas de diálogo, que não ficam cansativas, embora tenham grande potencial para.

Mas falta presença coadjuvante na série, afinal Parminder Nagra (Alcatraz) aqui tem uma só cena e uma só fala, porém apresenta mais presença de cena que Harry Lennix, o diretor-assistente do FBI, surpreendentemente caricato e distante de sua atuação em O Homem de Aço.

Embora tenha gente que diga que “por piloto não se julga série”, The Blacklist é uma exceção. Pois se a série seguir os padrões de complexidade, apresentar mais mistérios e responder alguns além de manter ótimas atuações, podemos estar olhando a um drama promissor o bastante para ser o novo favorito da TV.



The Blacklist, segundas na NBC, com estreia brasileira amanhã (1/10) às 21h na Sony.
A partir dos próximos episódios, séries terão review por dois episódios.

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