Sabe quando você vai assistir um filme baseado em um livro com uma pulga atrás da orelha? Aquela ansiedade misturada com medo de ver algo que estrague toda aquela magia criada pelos escritores de best-sellers mega famosos. Pois é, eu fui com ela na primeira sessão de O Doador de Memórias da minha cidade, depois de ver o trailer e imaginar que milhares de coisas foram mudadas, mas incrivelmente, contra todas as chances e apostas, saí maravilhado da sala escurinha do cinema!
Desde quando descobri que a adaptação estava sendo produzida, logo no início do ano e conheci a história do livro, comecei uma busca incessante por um exemplar, que havia parado de ser impresso pela editora, mas como um típico taurino, não parei até que comprei por 6 reais, sim, 6 REAIS e sem frete, uma versão antiga em um sebo online. Conforme lia, me apegava ao modo simplista e rápido que Lois Lowry escrevia, aos personagens e a história, que se passou tão rápido que deixou um "vazio" dentro de mim até, coisa difícil de um livro fazer.
Mas enfim, sem mais rodeios e comentários a respeito do livro, vamos a crítica de O Doador de Memórias, lançado em 11/09 no Brasil e estrelado por Brendon Thwaites, Jeff Bridges e Meryl Streep e com uma aparição quase que inexistente de Taylor Swift.
Bem, uma dúvida que tenho a respeito de adaptações é: como será que eles irão iniciar o filme? No livro, geralmente temos breves narrativas e introduções. E no filme também. Introduzindo o universo em que a história se passa logo nos primeiros segundos, os telespectadores também ficam a par das Comunidades, leis, regras e tudo mais (prometo não dar spoilers).
Quando assistia ao trailer do filme centenas de vezes, ansioso e com medo do rumo que tomaria, percebi que haviam mudado grande parte da estética de tudo. No livro, percebi que a Comunidade, a cidade em que Jonas, o personagem principal vivia, era comum, sem muitas tecnologias e arquitetura futurística, mas no filme, deram um tom mais futurista para chamar a atenção e agradar aos novos adeptos à moda distópica, com direito até a drones e naves! Isso foi oque mais chamou a atenção e me deu receio. Mas acabou dando certo! A história, mesmo com esse toque, deu uma maior mobilidade a história, um fluxo rápido e bom, algo que prezo muito em filmes. Afinal, filme parado não dá, né?
Atuação espetacular de todos do elenco. Brendon transpira a inocência de Jonas, Meryl incorpora uma líder, Jeff deve ser o Doador na vida real, fora as outras participações um pouco menores, mas não menos importantes, como de Cameron Monaghan, como Asher, amigo de Jonas, Katie Holmes, a Mãe e Alexander Skardkawjdak, o Pai. Mas minhas ressalvas serão direcionadas a iniciante Odeya Rush, a Fiona, que no livro aparecia no máximo três vezes, mas no filme chegou a ter um envolvimento maior com o protagonista e atuou fabulosamente. E quanto aqueles que querem assistir apenas pela Taylor Swift, já aviso antes, ela aparece em dois minutos do filme e possui no máximo 10 palavras de falas, mas a história faz valer a pena!
Mudanças foram necessárias e foram feitas, algo que aprovo totalmente, pois adaptações levam esse nome por serem ADAPTADAS de livros para filmes, narrações totalmente diferentes e ótimas, que complementam umas as outras.
Se você nunca leu o livro, leia. Se ainda não assistiu, assista e leve todos seus amigos, parentes e conhecidos para as salas, pois os estúdios já disseram, que se a bilheteria render, teremos as continuações!
Afinal, missão dada é missão cumprida. Essência da história passada. Universo transmitido. Mensagem completa! O Doador de Memórias não peca em quase nada, com roteiro ótimo, aproveitamento de ideias e cenas e uma fotografia espetacular! Será difícil de esquecer um filme tão bom.
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